sexta-feira, agosto 19, 2005

Sobre estudantes de jornalismo indecisos

Então.
Depois de fazer drama, rolar na cama à noite, fazer de "eu não sei" uma das expressões mais recorrentes no meu discurso, imaginar um milhão de possibilidades e desfechos, desentender-me comigo mesma e me embaralhar nas minhas próprias pernas [entre outras muitas coisas que caracterizam uma pessoa indecisa], eu acabei optando por isso aí, ó. [Não o fotolog, seu besta. E sim o que está postado lá.]
Não estou segura de nada, mas eu gostaria que tudo desse certo e eu me visse satisfeita no final das contas.
Sorte? Eu gostaria que vocês desejassem, apesar do ceticismo habitual. =}

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Sobre Publicitários imbecis

Não que eu odeie toda a corja daqueles que estudam as filhadaputices do mundo da propaganda, não é isso. E também não vem ao caso a insistência destes em chamar de arte aquilo que intenciona vender a [falsa] materialização de seu desejo.
O comentário hoje é sobre aqueles que se destinam a área de cosméticos, especificamente de produtos pra cabelos.
Pois bem. É fato que o meu cabelo não é daqueles que basta enfiar embaixo do chuveiro, passar sabão de coco, pentear com pente fino e pronto acabou. Muito, muito, muuuuuuito pelo contrário, até. Mas não é por isso que eu preciso ir ao supermercado e dar de cara com um Condicionador com Efeito Anti-Palha na minha frente. Poxa vida. O "Para cabelos secos, danificados e quebradiços" [leia-se, para aqueles que possuem espigas de milho secas ao invés de fios de cabelo na cabeça] eu posso aguentar, eu levo numa boa. Mas Efeito Anti-Palha? É demais pra mim.
Fico a pensar se o tal publicitário dessa marca nunca estudou nada sobre auto estima alheia, ou simplesmente quais termos se deve e quais não se deve usar no rótulo de um produto.
Apesar de ferida no orgulho e tudo mais, eu ia levando o tal condicionador. [É dos bons, apesar de ter a embalagem feita por um publicitário-asno.] Então, eis que chego na prateleira da frente, a dos cremes pra pentear - tô falando que o cabelo é dos danados - e me deparo com coisa pior.
*Arram* "Você adoraria prolongar aquele momento mágico do seu cabelo, quando ele está entre úmido e seco, e parece estar mais longo, os cachos definidos e o volume controlado? Nós descobrimos o segredo desse momento mágico e blá blá blá..."
¬¬
Tô dizendo, os tais publicitários dessa área são tipos acéfalos. Quando não pensam que as pessoas não tem amor próprio, já vão achando que são todos tão retardados quanto eles.
"Momento mágico"? E eu que nem sabia que isso existia.
Mas, então.
Após o momento papo de cabeleireiro, vou ali fazer a unha.
Espero que tenha Caras pra ler e não deixar escapar essa catarse de futilidade.

terça-feira, agosto 16, 2005

"Help me if you can, I'm feeling down
And I do appreciate you being round.
Help me, get my feet back on the ground,
Won't you please, please help me.
And now my life has changed in oh so many ways,
My independence seems to vanish in the haze.
But every now and then I feel so insecure..."


O cruel dessa música é que, por trás de guitarrinhas animadas e cantoria feliz, quase que o que a sua letra expressa passa desapercebido.
Se bem que, talvez realmente passe, e só quem ouviu de vozes amigas há pouco tempo coisas tipo "Você tá totalmente perdida, eu nunca te vi assim.", se dê ao trabalho de descortinar a melodia feliz e se apegar ao que essa música traz de desespero.

Poizé. Até que, por hora, as coisas que eu [acho que] queria não são muitas.
Se definem basicamente num gatinho de estimação prá chamar de Arturo, num outro lugar pra morar, e na resposta praquela questão que começa com o-quê-cô-faço e termina com da-minha-vida-interrogação.

Won´t you please, please help me?

domingo, agosto 14, 2005

Há dias em que você acorda e a janela, o painel de fotos e as paredes dançam na frente dos seus olhos. Daí você resolve passar os olhos pelo quarto pra tentar tomar um pouco de consciência [na falta desta, água também ajuda] e vê suas roupas jogadas pelo chão, o que te faz pensar que, "Hey, foi com isso que eu saí ontem a noite.". Em seguida, por coincidência ou não, você percebe que seu hálito é um dos piores que você já sentiu, e sente a cabeça se juntar com o estômago na tentativa de te incomodar.
Nessas horas, mais que nunca, você compreende por inteiro o significado da célebre expressão Vontade de ter outra vida.


E nem todo o Jesus & Maria Correntes [Argh, Lara!] são o suficiente prá tirar a dor e a vergonha sua cabeça, nesses dias.
Eita.