domingo, agosto 07, 2005

O texto aí embaixo, basicamente, sou eu me excedendo num comentário em um dos post´s [exatamente no do dia 30/07] desse menino aqui ó.
Porque, pelo menos a mim, parece muito sincero o jeito fácil dele de se apaixonar pelas pessoas.


[Lara said]

Seria muita besteira sentir inveja de tua paixão? Sentir inveja desse teu gostar, que aperta o peito e faz surgirem lágrimas nos olhos quando o momento [qualquer momento] traz um pouquinho de sentimentalidade? Eu sou boba demais se quero fazer com que as músicas antes sem sentido comecem a tomar forma lógica em meus ouvidos, e façam surgir de meus lábios um sorriso pateta, talvez até mesmo feiinho?
Não sei se tenho tua aprovação, mas te invejo. Invejo o sentimento que faz os passos dela ecoarem atrás de você pela calçada. Invejo a lembrança doce que a pulseirinha dela em teu braço te traz. Invejo até o jeito como tuas pernas não se firmam direito quando ela se aproxima.
Ah, menino. Eu queria mais que muitas coisas que eu quero - e você não sabe como são vastas as coisas que quero - sentir meu coração ficar vivo por alguém, cantar "clareia a minha vida amor, no olhar" quando o "amor" serve de vocativo pra alguém. Você não imagina como eu queria me sentir gente de novo, como eu queria sofrer de novo e praguejar contra todos os homens existentes, dizer que nunca mais vou gostar de ninguém, chorar de raiva e me olhar no espelho em seguida, a me sentir a pessoa mais ridícula e "inamável" do mundo.
Tu não sabes como eu queria fazer neologismos apaixonados... como eu queria sentir meu peito subindo e descendo vagarosamente, a deixar um frio estranho no meu estômago denunciando que, se prepare menininha, vem coisa por aí.
Eu quero esse teu jeito de se apaixonar por todos, simultaneamente. Eu quero chegar em casa e ter em quem pensar, sentir o coração bater forte quando sei que, lá onde eu vou, ele vai também.
Menino, garoto, rapaz. Eu te invejo com a melhor inveja do mundo. Eu invejo o teu gostar, eu invejo o que há mais de humano e irracional em você.
Porque, ás vezes eu acho que me perdi no meio de palavras e pensamentos e medo. E paixão - quem dera.
É coisa que eu temo não nascer mais por esses cantos de cá.

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