quinta-feira, dezembro 30, 2004

Poizé.
É amanhã que o tal 2004 acaba, né?
Pra mim, esse ano se finda mais rápido que todos os outros. Digo até que mais rápido do que deveria se findar. Faltou-me tempo pra fazer várias coisas. Mas não é esta uma característica única desse ano. Eu, boba como sou, sempre deixo algo passar.
Ui, ambígua a frase, não? A "quase-embriaguez" momentânea me permite esse tipo de coisa. Dêem-me um desconto!
Pois bem.
Faltou-me tempo em 2004. Esse ano passou mais rápido que qualquer outro, pra mim.
Agora eu chego perto de tentar entender o que queriam dizer-me quando mencionaram uma tal de "dilatação temporal".
Ou não teria nada a ver?

Bem... 2004 foi um ano de incertezas. Sei que é bastante vago dizer isso. Mas esse ano consumiu-me de tal forma, que a mim é impossível realizar uma reflexão maior acerca dos 12 meses já deixados prá trás.

Desta forma espontânea e vaga [teria sido assim, pra mim, o ano que se finda?], eu desejo a vocês um feliz 2005. Que o ano que vem consiga superar, em todos os bons aspectos, o ano que se passou.

E bem, um post novo, não deve sair tão cedo.
Falta tempo, inspiração, gente pra ler, e mais um monte de coisas.


domingo, dezembro 26, 2004

" A minha amiga oculta apanhou dos irmãos dela quando era mais nova, mas aí ela cresceu e hoje em dia é uma menina bonita."

Depois de assim eu ser descrita por uma priminha [que fez uso, é claro, da conhecida gentileza/ mentira-boazinha de criança que quer agradar] no amigo oculto de natal, eu até pensei em publicar um livrinho de auto ajuda.
Cascudos, fogo no cabelo, fivela de cinto encravada na cabeça e afins. Como superar traumas e lesões corporais adquiridas na infância.

Nessa publicação não poderia faltar a conhecida analogia entre pessoas e espermatozóides que sempre é usada pra que você se convença de que "já é um vencedor!", e por isso não há razão pra se deixar abater por coisas do passado.
A repetição incessante de frases como "você é único!", "você é insubstituível!","sem você o mundo não seria o mesmo" também estaria lá no meu livrinho.
Seria, sem dúvida, uma boa fonte de renda. Devido ao simples fato de que pessoas desesperadas se rendem a qualquer tipo de consolo. E palavras de conforto pra alguém que já não aguenta nem uma gata pelo rabo [como diria minha mãe], eu consigo escrever até com uma mão amarrada nas costas.
Percebam que essa não é uma frase pretensiosa. Os filhotinhos da minha gata [tão lindinhos! - eu não podia deixar de comentar] também podem ser grandes escritores de livros de auto ajuda, caso aprendam a pegar na caneta.
Acontece que, como um dos meus professores-relâmpago de fim de ano disse, não é possível que uma pessoa deite a cabeça no travesseiro e durma tranquila, sabendo que seu sustento vem da venda de seus livros picaretas. Eu pelo menos, acho que não conseguiria.
Teria pesadelos, nos quais eu seria um espermatozóide que não conseguiria chegar ao óvulo, ou uma completa loser que já não aguenta mais repetir pra si mesma alguma frase que prima pela obviedade, inserida em meu livro como "seu mantra pessoal".

Melhor é deixar essa coisa de livro de auto-ajuda pra quem já deixou sua consciência na tal Ilha de Marapatá e ir dormir.

Porque o natal foi só um intervalinho pra eu brincar de férias. Amanhã, tuuudo de novo.