sexta-feira, maio 07, 2004

Amanha viajo pra maravilhosa cidade de Resplendor. Ha anos nao piso na unica cidade mais quente do que Valadares que eu conheco.
Ver os parentes de vez em quando e bom. Principalmente quando voce nao o faz ha mais de dois anos.
Portanto, sem post's por aqui. No fim de semana e nas semanas seguintes. Motivos de falta de computador de novo.
Acho que dessa vez vou demorar bem mais pra voltar. Mas eu aguento.
Aguento? Aguento. Eu sou aquela que aguenta.
E so.
Vai ser ate bom tirar umas ferias disso aqui, ja ta perdendo a graca. [Nao, eu nao to doente. E que internet anda chata de verdade.]
Entao boa noite pra quem fica, dia desses eu volto.
=*'s

So pra constar, mais uma das celebres frases do meu pai: "Voce tem de viver como se fosse morrer amanha, como se o governo fosse te dar o tombo, e como se o banco em que voce aplica seus investimentos fosse quebrar amanha. Tem de viver da forma mais pessimista possivel"

Porque pessimismo nao se adquire, se herda.

quinta-feira, maio 06, 2004



Me disseram uma vez que eu gosto dos "caras estranhos", isso antes de qualquer musica do Los Hermanos.
Se isso e verdade ou nao eu ja nao sei.
Mas sei que adoro esse "cara estranho" ai de cima. Sr. Eddie Vedder. Diferente, e uma covardia de tao bonito.
Porque isso aqui ta realmente precisando de coisas bonitas e legais de se ver. Ninguem melhor pra embelezar meu blog que esse moco ae.
Sabe admiracao? Sabe olinhos brilhando e uma babinha timida escorrendo da boca, estilo cachorro na frente de forno de frango de padaria?
Pois e... E quase isso.
E era curioso, porque, no meio de tantas pessoas ele ainda se sentia sozinho. A falta que aquela criatura, a principio tao insignificante, lhe fazia era descomunal e destoava de toda a alegria, de toda a animacao existente naquela festa.
A falta que ela lhe fazia tirava-lhe da cabeca a existencia de toda e qualquer possibilidade de diversao que nao a incluisse.
Porque era ela sua única e mais fiel forma de aproximação com aquilo que os homens costumavam chamar de felicidade.
Mas nao mais a possuia, e nao mais contaria com sua fuga da realidade, sua aventura repentina, seu tiro certeiro no escuro.
Ja nao mais eram. Ela era, ja ele... nem sabia mais se ainda existia de fato. Por isso, tudo ao seu redor parecia tao bobo, tao inutil. Nao conseguia sentir dentro de si a felicidade que o momento tentava lhe passar. Nao se sentia feliz porque, isolado dentro de seu mundo, ja nao valorizava nada mais que nao fosse ela.
Dentro de seu ser havia dor, havia magoa, havia desespero, e havia escondido la dentro uma pontinha de insanidade. Junto com a bebida que ja havia tomado iria bastar.
Entao caminhou para a sacada do apartamento, que ficava nos ultimos andares do predio. Olhou para baixo e percebeu que, de onde estava, o resto do mundo se mostrava exatamente como ele se sentia: insignificante, minusculo.
Debrucou-se na mureta que demarcava a sacada, e pos-se em cima dela. Primeiro o pe esquerdo, depois o direito [quem e que se importa com sorte nessas horas?] e sentiu o vento esfriar-lhe o corpo. A altura o deixou tonto. Sensacoes nao muito diferentes das experimentadas no dia em que descobriu que "ja nao mais eram". Nao precisou de muita coragem, ou forca [e ainda que precisasse nao as possuiria] para dar um pequeno impulso com as pernas, e ir de encontro ao mundo la embaixo, tao parecido com ele.
Pouco tempo depois ouviu-se o baque de um corpo no chao. E no apartamento os versos de Chico Buarque, atraves do som ligado, resumiam a cena: "Agonizou no meio do passeio publico, morreu na contramao atrapalhando o tráfego...".

[E esse tipo de besteira que eu fico fazendo na aula de Portugues. Depois nao entendo porque eu nao sei o que e uma "oracao subordinada adversativa subjetiva substantiva trigonal plana"...]

segunda-feira, maio 03, 2004

Mil textos pra digitar, alguns muitos exercicios de matematica dois [?] pra resolver, muito sono e uma cama vazia me chamando.
E nessas horas que a preguica toma conta. Simplesmente chega e "mora".
E eu, como nao sei fazer outra coisa me rendo. Assim eu vou longe...

[Entao, voltei. Computador improvisado mas quebra galho.]